♦ Acordamos bem cedo e saímos às 5:30 da manhã. Fazia entre -6ºC e -7ºC! Minhas mãos doíam dentro das luvas. Nosso objetivo era ver os geiseres em um lugar chamado Sol de la mañana. Como a fumaça é branca, o efeito impactante se dá antes de o sol sair. Tinha um geiser artificial que fez a galera se divertir pulando através dele e uma paisagem inteira de geiseres naturais com borbulhas de enxofre. Nem precisa comentar do cheirinho, né? Mas era quentinho e impressionante mesmo.
♦ Dali seguimos para as águas termais. Fazia 1ºC do lado de fora e eu, Fabinho, o francês e a argentina não nos animamos de entrar apesar dos 30ºC da água. Só molhamos as pernas e as mãos e isso já foi um tremendo choque térmico! Parecia que estava queimando! A Ana foi a corajosa do grupo e mergulhou junto com os outros gringos. Tomamos nosso café da manhã com pãozinho, iogurte, cereais, etc, com mais uma vista sensacional.
♦ Passamos pelo Deserto de Salvador Dali, que ganhou esse nome pela semelhança com alguns quadros surrealistas do pintor, mas não achei nada demais. Vários montinhos de pedra espalhados pela paisagem.
♦ Próxima parada: Laguna Verde! Estávamos torcendo pra ventar porque só assim ela fica verdadeiramente verde, mas não rolou. De qualquer forma, achamos que ela estava verdinha, sim. A paisagem é incrível também. De um lado, a Laguna Blanca (bórax de novo – tenho que decobrir o que é isso! Rs). Do outro, a Laguna Verde, que é tóxica e não tem nenhum flamingo. Ela contém bórax, cromo, cobre e arsênio e sua cor depende do mesmo esquema da Laguna Colorada. De lá, pudemos ver o Vulcão Licancabur e outras montanhas ao redor que ajudam a compor a magia do lugar. Nas margens da lagoa, a água estava congelada e o gelo parecia meio gelatinoso. A Ana já tinha voltado a usar o tênis sem sola porque não rolava ir de chinelo nesses lugares e acabou pisando na água com arsênio! Rs Ainda estamos aguardando o nascimento de um novo dedo ou a perda de algum. hehehe
♦ Antigamente havia banhos termais nessa região, mas foram fechados. Encontramos 2 ciclistas que estavam há 5 meses, acho, viajando e ainda iam seguir por mais 2 ou 3. Corajosos!
♦ Passamos novamente na sensacional Laguna Colorada. Dessa vez, ainda mais linda com os reflexos das montanhas na água.
♦ Almoçamos em Villamar, outra cidade fantasma no meio do nada. Lino nos disse que eles vivem do cultivo da quinua, além do turismo.
♦ Seguimos para o Valle de las Rocas, que é muito parecido com as formações onde se encontra a Arbol de Piedra, e tocamos o caminho de volta a Uyuni.
♦ Chegamos por volta das 17:30, fizemos umas comprinhas e fomos comer pizza (pra variar) na Pizzeria Arco-Íris. Lá também experimentamos a cerveja Potosina e assistimos um emociado grupo típico. Pena que eu não filmei! 😦 Dali, pegamos nosso ônibus para mais uma emocionante e “confortável” viagem de volta a La Paz. (Detalhe: não rolou banho de novo… mas a gente nem suou mesmo! 😉 Rs)
Diários de Bordo 
Um comentário em “Bolívia e Peru – [02/04/2011] Salar de Uyuni – 3º dia”